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História das Peças em estanho

No século XIV, o estanho começou a ser tirado de jazidas na Europa e convertido em diversos produtos, geralmente utilitários. Até a metade do século XVII, a fabricação de estanho só cresceu por ser um metal fácil de ser trabalhado, maleável e que se funde a uma baixa temperatura. Ainda nesse período, era utilizado por artesãos-viajantes que passavam de cidade em cidade, consertando ou fazendo peças.

No Brasil apesar de ter sido muito usado no período colonial, a produção de estanho, no século XX, surgiu com a influência de um antiquário Inglês, John Walter Somers, em 1968. E na década de 70 outras fábricas surgiram em São João Del-Rei e até hoje a cidade é referência em estanho. Em Minas Gerais, as peças mais antigas em estanho pertencem ao acervo sacro, como castiçais e tocheiros.

Objetos de medidas para cirurgiões Importante registro na história no Brasil foi o naufrágio de duas naus holandesas (Utrecht e Huys Nassau) na costa da Bahia, no ano de 1648, em batalha com o navio português, levando para o fundo do Atlântico um grande conjunto de peças de estanharia européia.
Parte das peças naufragadas foi resgatada e algumas compõem o acervo do Museu do Estanho, em São João Del-Rei, MG. 

O estanho é um metal que é beneficiado da cassiterita e ele é macio de mais para ser usado sozinho. Por isso é feita uma liga conhecida como ‘Pewter’ que contém 95% de estanho grau ‘A’ com 99,9% de pureza e o restante é antimônio e Cobre, apenas para aumentar a dureza das peças e nenhum chumbo. A liga Pewter é pura e totalmente utilitária. Ressaltamos que o estanho absolutamente não altera o sabor dos alimentos e da bebida. “.X.” é o símbolo internacional de qualidade e pureza.

O Acabamento

O processo de fabricação é todo artesanal, feito por profissionais qualificados. As peças são fundidas em moldes metálicos, geralmente ferro fundido e depois torneadas e por fim recebem dois acabamentos:
– O polido: é a cor original do estanho, com alto grau de polimento, onde a peça fica toda brilhante.

– O fosco: seu envelhecimento é conseguido artificialmente com banhos de imersão em solução ácida. A peça fica fosca e algumas têm um friso polido, ficando com um contraste muito bonito.

Fonte: passeiweb.com.br

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História de São João Del Rei

A história de São João del-Rei originou-se do antigo Arraial Novo do Rio das Mortes. A ocupação do arraial remonta a 1704, quando um paulista chamado Lourenço Costa descobre ouro no ribeirão de São Francisco Xavier.

A descoberta fez com que as fossem distribuídas a várias pessoas que começam a explorar as margens do ribeirão. Algum tempo depois, o português Manoel José de Barcelos encontrou mais ouro na encosta sul da Serra do Lenheiro, num local chamado Tijuco. Naquele local estabeleceu-se o primeiro núcleo de povoamento que daria origem ao Arraial Novo de Nossa Senhora do Pilar, mais tarde Arraial Novo do Rio das Mortes.

Já bastante próspera, em 1713 a localidade é elevada a vila e recebe o nome de São João Del Rei em homenagem a Dom João V, rei de Portugal. No ano seguinte, é nomeada sede da Comarca do Rio das Mortes. Desde os tempos de sua formação, desenvolve-se aí uma vasta produção mercantil e de gêneros alimentícios, resultantes tanto da atividade agrícola, quanto da pecuária. Essa faceta vai possibilitar o contínuo crescimento da localidade, que não sofre grandes perdas com o declínio da atividade aurífera, verificado em toda a Capitania das Minas Gerais a partir de 1750.

Nessa época a crise do sistema colonial agrava-se. A exploração do ouro entra em franca decadência, e a Coroa Portuguesa continua a exigir pesados impostos da população. Essa situação conflitante faz crescer o nível de consciência de setores intermediários da sociedade, levando padres, militares, estudantes, intelectuais e funcionários das principais vilas mineiras, como São João Del Rei, Tiradentes e Vila Rica, a conspirar contra a metrópole.

Em poucos anos, o movimento conhecido como Inconfidência Mineira toma corpo e ganha adeptos em cada arraial e vila da Capitania das Minas Gerais. Grandes planos são traçados tendo em vista a produção de bens de consumo aliada à liberdade comercial, o que descartaria a política monopolizadora da metrópole. A Vila de São João del-Rei é escolhida para abrigar a nova capital.

Porém, em 1789 o movimento é frustrado pela denúncia do coronel Joaquim Silvério dos Reis, devedor de somas altíssimas à Fazenda Real.

Graças à vocação comercial de São João Del Rei, a sua feição colonial não é a mesma das demais vilas mineradoras da época. Já em princípios do século XIX, ela se mostra amadurecida comercialmente: lojas instaladas em elegantes casarões oferecem todo tipo de mercadoria, desde as produzidas na comarca até as importadas. O movimento de passantes, caixeiros-viajantes, mulheres e crianças circulando pelas ruas confere-lhe um aspecto alegre e colorido.

Também é precoce o surgimento da imprensa, assinalado pela fundação, em 1827, do “Astro de Minas”, o segundo jornal de Minas Gerais na época.

Em 1838 a progressista Vila de São João Del Rei torna-se cidade. Nessa época, possuía cerca de 1.600 casas, distribuídas em 24 ruas e 10 praças.

Ainda no século XIX, contava com casa bancária, hospital, biblioteca, teatro, cemitério público construído fora do núcleo urbano, além de serviços de correio e iluminação pública a querosene.

Desenvolve-se, ainda mais, com a inauguração em 1881 da primeira seção da Estrada de Ferro Oeste-Minas, que liga as cidades da região a outros importantes ramais da Estrada de Ferro Central do Brasil. Em 1893 a instalação da Companhia Industrial São Joanense de Fiação e Tecelagem traz novo impulso à economia local, a tal ponto que a cidade é novamente indicada para sediar a capital de Minas Gerais. Em junho do mesmo ano, o Congresso Mineiro Constituinte aprova, em primeira discussão, a mudança da capital para a região da Várzea do Marçal, subúrbio de São João Del Rei. Mas, numa segunda discussão, o projeto inclui Barbacena e também Belo Horizonte, um planalto localizado no Vale do Rio das Velhas, onde existia o antigo Arraial do Curral Del Rei.

Com a escolha da região do Curral Del Rei em dezembro de 1893, a importância econômica de São João Del Rei diminui gradativamente. Mas a cidade não perde seu charme colonial, sendo motivo de atenção dos modernistas brasileiros, que a visitam em 1924. Ela é registrada na obra de algumas das figuras mais representativas do movimento, como a pintora Tarsila do Amaral e o escritor Oswald de Andrade. Em 1943 seu acervo arquitetônico e artístico, composto por importantes edificações civis e religiosas, é tombado pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.

A formação peculiar da cidade, que evoluiu de arraial minerador para importante pólo comercial da região do Campo das Vertentes, é responsável por sua característica mais interessante: uma mescla de estilos arquitetônicos que tem origem na arte barroca, passa pelo ecletismo e alcança o moderno.

Em São João Del Rei, é possível apreciar a evolução urbana de uma vila colonial mineira, cujo núcleo histórico permanece bastante preservado em harmonia com as construções ecléticas do século XIX e as mudanças ocorridas no século XX.

A história de São João del-Rei é escrita a cada dia por seus moradores. É enriquecedor presenciar toda a cultura e toda a história de um povo que esteve sempre em destaque, lutando por uma vida melhor para todos.

Fonte: guiadelrei.com.br

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Como Limpar Estanho

Estanho – Limpeza Diária
– Remover a poeira com um pano macio e seco, panos úmidos podem manchá-la;
– Não se deve levar a peça ao fogo ou forno, pois poderá ser danificada;
– Deve-se lavá-las com sabão neutro e esponja macia, jamais usar esponjas de aço;
– No caso de peça polida deve-se utilizar Silvo, Brasso ou Limpador de Prata;
– No caso de peça envelhecida ou fosca usar cera em pasta, vermelha, amarela ou laranja (poliflor).
– Não lavar em máquina de lavar louça;
– Não deixar de molho na água, ou flores em vasos por mais de 03 dias;
– Secar com um pano seco e macio;
– Não usar esponjas ou bombril;
– Não deixar sua peça molhada, gotas de água podem causar manchas.
Conservação
– Não levar sua peça ao forno ou fogo;
– Não guardar alimento ou bebida no estanho.

Estanho – Polimento
1º – As peças, polidas ou foscas, devem ser limpas com pano macio e álcool;
2º – Polir as peças brilhantes com polidor de latão, por exemplo, o produto Brasso.
Para peças foscas, usar também o polidor Brasso ou cera incolor líquida para clareá-las, caso tornarem-se muito escuras;
3º – Caso o produto Brasso não seja suficiente, utilizar pasta de polir nº 2, semelhante a usada para polir a pintura de carros.

O que é uma Peça de Estanho?

É um trabalho feito artesanalmente em uma liga de estanho (92 a 95%), antimônio (3,5 a 5%) e cobre (1,5 a 3%).
Por ser um material nobre e macio, o estanho é muito prático para moldageme uso, mas não pode ser moldado sozinho, sendo necessário o antimônio (para dar consistência) e o cobre (para definições estéticas).

Cuidados com as Peças de Estanho.

Na parte escura (externa), usar somente cêra Poliflor incolor, ou similar, e flanela seca e limpa.
Na parte clara (interna, na maioria das vezes) usar pano ou esponja macia com álcool ou sabão líquido. Recomenda-se lavar as peças em água quente, e nunca lavá-las em máquinas de lavar louças. Se a parte externa for polida, você poderá limpar com uma cera especial para polir.
A resistência do estanho ao fogo é limitada a temperatura máxima de 232 º C, portanto as peças jamais deverão ser levadas ao fogo.
Nenhum material abrasivo deverá ser utilizado na sua limpeza.

Qualque dúvida em relação a restauração e conservação do seu estanho , pode entrar em contato direto com a fábrica pelo whatsapp (032) 98827-2135.

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Marguel Estanhos, há 30 anos no mercado garantindo qualidade e preço justo.