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Bodas de Estanho

Já pensou em eternizar este momento com a pessoa amada comprando uma peça em estanho e personalizando esta peça com suas iniciais?? Aqui na Marguel você encontrará várias opções de peças para presentear.

Após 10 anos, o casamento está sob o signo de estanho. Essa correspondência está diretamente relacionada à composição desse metal branco-acinzentado. De fato, este último é um material sólido, mas também maleável, o que significa que após dez anos de casamento, o casal é forte e resistente. Considera-se que uma vez passado este curso, é ainda forte o suficiente para enfrentar os próximos 10 anos que se seguirão.


Cálice para Espumante Marguel Estanhos

Bodas de estanho é a celebração do décimo ano de casamento.

Também conhecida como Bodas de Zinco, esta comemoração marca a união de uma década de um casal após a oficialização do matrimônio.

Por norma, as bodas de casamento simbolizam materiais ou substâncias que representam os anos do relacionamento. Quanto maior for o número de anos de casamento, mais valiosos e resistentes são os materiais a eles atribuídos.

De modo geral, as bodas de estanho (ou zinco) são uma das mais comemoradas pelos casais, perdendo apenas para as bodas de prata (25 anos de casados) e as bodas de ouro (50 anos).

O estanho é um metal que pode ser facilmente maleável, característica esta que é associada ao estado em que se encontra o casal no seu décimo ano juntos: maleáveis e receptíveis aos desentendimentos cotidianos ou as particularidades “menos fáceis” da personalidade de cada um.

Em comparação com o matrimônio, esta é uma característica dos casais que, neste período da vida a dois, já desenvolveram uma barreira contra os pontos negativos e que interferem a construção de uma boa relação no casamento.

Festas para os amigos mais próximos e familiares ou viagens românticas são algumas das opções mais escolhidas pelos casais que comemoram as bodas de estanho.

Muitos casais ainda optam pela renovação dos votos de casamento, reafirmando o amor e o comprometimento pelas próximas décadas

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Ostensórios

Você sabe o que é um Ostensório? Se a sua resposta for NÃO, fique tranquilo. Muitos católicos também não sabem. Isso acontece, porque quando dentro da Igreja, dificilmente nos referimos a este objeto pelo seu nome mas sim pelo que ele representa e, mais importante, o que ele contém.

O Ostensório, é uma peça dourada usada para expor Jesus Cristo no altar ou durante as procissões. Nele, é depositado a Hóstia Consagrada – o Santíssimo Sacramento.

O Simbolismo do Ostensório

O design do ostensório, normalmente confeccionado em ouro tem um significado, que vai muito além de simplesmente ser um objeto pomposo. Ele representa o sol resplandecente com raios saindo do centro, cujo simbolismo é evidente, a Luz de Cristo Espalhando-se pelo mundo inteiro.

A palavra Ostensório tem sua origem no latim, do verbo ostendere, que significa expor, mostrar. Por isso, ele é usado apenas em ocasiões onde o Corpo de Cristo deva ser exposto para adoração pública.

Nas demais ocasiões, a Hóstia Consagrada deve ser mantida na Custódia e, esta por sua vez, guardada no Sacrário – outros objetos litúrgico que irei comentar mais para a frente neste site. Já o Ostensório vazio, deve ser mantido na Sacristia.

Assim, o ostensório por si só, não representa nada além de um objeto. Ele apenas vale quando a Hóstia Santa, Jesus Vivo, está lá dentro.

Dada a sua importância, apenas duas pessoas são autorizadas a manusear artigo religioso, são eles: o sacerdote e o diácono.

Quando o Ostensório é Usado?

Como mencionei atrás, o ostensório apesar de praticamente todos já o termos visto, ele não é um objeto de uso frequente nas missas dominicais.

Ele é usado em duas ocasiões basicamente: quando existe alguma celebração popular, onde é feita algum tipo de adoração ao Santíssimo e a outra, mais comum é na festa de Corpus Christi, onde se faz a procissão de todo o povo pelas ruas da cidade com a Hóstia Consagrada dentro do Ostensório, adorando o Corpo de Cristo.

Onde Comprar um Ostensório?

Infelizmente, não são todas as paróquias que possuem um ostensório isso porque, não é um objeto fácil de se encontrar e, principalmente, não é barato. Por isso, não é incomum, você ver a comunidade presenteado sua paróquia com esse objeto.

Aqui na Marguel estanhos você encontra vários modelos de ostensórios. Entre em contato conosco.

Espero que tenham gostado e aprendido mais esta curiosidade. Fiquem bem e que Deus nos Ilumine hoje e sempre.

Texto retirado do blog : http://o-diariodedeus.blogspot.com/2019/05/ostensorio.html

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História das Peças em estanho

No século XIV, o estanho começou a ser tirado de jazidas na Europa e convertido em diversos produtos, geralmente utilitários. Até a metade do século XVII, a fabricação de estanho só cresceu por ser um metal fácil de ser trabalhado, maleável e que se funde a uma baixa temperatura. Ainda nesse período, era utilizado por artesãos-viajantes que passavam de cidade em cidade, consertando ou fazendo peças.

No Brasil apesar de ter sido muito usado no período colonial, a produção de estanho, no século XX, surgiu com a influência de um antiquário Inglês, John Walter Somers, em 1968. E na década de 70 outras fábricas surgiram em São João Del-Rei e até hoje a cidade é referência em estanho. Em Minas Gerais, as peças mais antigas em estanho pertencem ao acervo sacro, como castiçais e tocheiros.

Objetos de medidas para cirurgiões Importante registro na história no Brasil foi o naufrágio de duas naus holandesas (Utrecht e Huys Nassau) na costa da Bahia, no ano de 1648, em batalha com o navio português, levando para o fundo do Atlântico um grande conjunto de peças de estanharia européia.
Parte das peças naufragadas foi resgatada e algumas compõem o acervo do Museu do Estanho, em São João Del-Rei, MG. 

O estanho é um metal que é beneficiado da cassiterita e ele é macio de mais para ser usado sozinho. Por isso é feita uma liga conhecida como ‘Pewter’ que contém 95% de estanho grau ‘A’ com 99,9% de pureza e o restante é antimônio e Cobre, apenas para aumentar a dureza das peças e nenhum chumbo. A liga Pewter é pura e totalmente utilitária. Ressaltamos que o estanho absolutamente não altera o sabor dos alimentos e da bebida. “.X.” é o símbolo internacional de qualidade e pureza.

O Acabamento

O processo de fabricação é todo artesanal, feito por profissionais qualificados. As peças são fundidas em moldes metálicos, geralmente ferro fundido e depois torneadas e por fim recebem dois acabamentos:
– O polido: é a cor original do estanho, com alto grau de polimento, onde a peça fica toda brilhante.

– O fosco: seu envelhecimento é conseguido artificialmente com banhos de imersão em solução ácida. A peça fica fosca e algumas têm um friso polido, ficando com um contraste muito bonito.

Fonte: passeiweb.com.br

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História de São João Del Rei

A história de São João del-Rei originou-se do antigo Arraial Novo do Rio das Mortes. A ocupação do arraial remonta a 1704, quando um paulista chamado Lourenço Costa descobre ouro no ribeirão de São Francisco Xavier.

A descoberta fez com que as fossem distribuídas a várias pessoas que começam a explorar as margens do ribeirão. Algum tempo depois, o português Manoel José de Barcelos encontrou mais ouro na encosta sul da Serra do Lenheiro, num local chamado Tijuco. Naquele local estabeleceu-se o primeiro núcleo de povoamento que daria origem ao Arraial Novo de Nossa Senhora do Pilar, mais tarde Arraial Novo do Rio das Mortes.

Já bastante próspera, em 1713 a localidade é elevada a vila e recebe o nome de São João Del Rei em homenagem a Dom João V, rei de Portugal. No ano seguinte, é nomeada sede da Comarca do Rio das Mortes. Desde os tempos de sua formação, desenvolve-se aí uma vasta produção mercantil e de gêneros alimentícios, resultantes tanto da atividade agrícola, quanto da pecuária. Essa faceta vai possibilitar o contínuo crescimento da localidade, que não sofre grandes perdas com o declínio da atividade aurífera, verificado em toda a Capitania das Minas Gerais a partir de 1750.

Nessa época a crise do sistema colonial agrava-se. A exploração do ouro entra em franca decadência, e a Coroa Portuguesa continua a exigir pesados impostos da população. Essa situação conflitante faz crescer o nível de consciência de setores intermediários da sociedade, levando padres, militares, estudantes, intelectuais e funcionários das principais vilas mineiras, como São João Del Rei, Tiradentes e Vila Rica, a conspirar contra a metrópole.

Em poucos anos, o movimento conhecido como Inconfidência Mineira toma corpo e ganha adeptos em cada arraial e vila da Capitania das Minas Gerais. Grandes planos são traçados tendo em vista a produção de bens de consumo aliada à liberdade comercial, o que descartaria a política monopolizadora da metrópole. A Vila de São João del-Rei é escolhida para abrigar a nova capital.

Porém, em 1789 o movimento é frustrado pela denúncia do coronel Joaquim Silvério dos Reis, devedor de somas altíssimas à Fazenda Real.

Graças à vocação comercial de São João Del Rei, a sua feição colonial não é a mesma das demais vilas mineradoras da época. Já em princípios do século XIX, ela se mostra amadurecida comercialmente: lojas instaladas em elegantes casarões oferecem todo tipo de mercadoria, desde as produzidas na comarca até as importadas. O movimento de passantes, caixeiros-viajantes, mulheres e crianças circulando pelas ruas confere-lhe um aspecto alegre e colorido.

Também é precoce o surgimento da imprensa, assinalado pela fundação, em 1827, do “Astro de Minas”, o segundo jornal de Minas Gerais na época.

Em 1838 a progressista Vila de São João Del Rei torna-se cidade. Nessa época, possuía cerca de 1.600 casas, distribuídas em 24 ruas e 10 praças.

Ainda no século XIX, contava com casa bancária, hospital, biblioteca, teatro, cemitério público construído fora do núcleo urbano, além de serviços de correio e iluminação pública a querosene.

Desenvolve-se, ainda mais, com a inauguração em 1881 da primeira seção da Estrada de Ferro Oeste-Minas, que liga as cidades da região a outros importantes ramais da Estrada de Ferro Central do Brasil. Em 1893 a instalação da Companhia Industrial São Joanense de Fiação e Tecelagem traz novo impulso à economia local, a tal ponto que a cidade é novamente indicada para sediar a capital de Minas Gerais. Em junho do mesmo ano, o Congresso Mineiro Constituinte aprova, em primeira discussão, a mudança da capital para a região da Várzea do Marçal, subúrbio de São João Del Rei. Mas, numa segunda discussão, o projeto inclui Barbacena e também Belo Horizonte, um planalto localizado no Vale do Rio das Velhas, onde existia o antigo Arraial do Curral Del Rei.

Com a escolha da região do Curral Del Rei em dezembro de 1893, a importância econômica de São João Del Rei diminui gradativamente. Mas a cidade não perde seu charme colonial, sendo motivo de atenção dos modernistas brasileiros, que a visitam em 1924. Ela é registrada na obra de algumas das figuras mais representativas do movimento, como a pintora Tarsila do Amaral e o escritor Oswald de Andrade. Em 1943 seu acervo arquitetônico e artístico, composto por importantes edificações civis e religiosas, é tombado pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.

A formação peculiar da cidade, que evoluiu de arraial minerador para importante pólo comercial da região do Campo das Vertentes, é responsável por sua característica mais interessante: uma mescla de estilos arquitetônicos que tem origem na arte barroca, passa pelo ecletismo e alcança o moderno.

Em São João Del Rei, é possível apreciar a evolução urbana de uma vila colonial mineira, cujo núcleo histórico permanece bastante preservado em harmonia com as construções ecléticas do século XIX e as mudanças ocorridas no século XX.

A história de São João del-Rei é escrita a cada dia por seus moradores. É enriquecedor presenciar toda a cultura e toda a história de um povo que esteve sempre em destaque, lutando por uma vida melhor para todos.

Fonte: guiadelrei.com.br

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Como Limpar Estanho

Estanho – Limpeza Diária
– Remover a poeira com um pano macio e seco, panos úmidos podem manchá-la;
– Não se deve levar a peça ao fogo ou forno, pois poderá ser danificada;
– Deve-se lavá-las com sabão neutro e esponja macia, jamais usar esponjas de aço;
– No caso de peça polida deve-se utilizar Silvo, Brasso ou Limpador de Prata;
– No caso de peça envelhecida ou fosca usar cera em pasta, vermelha, amarela ou laranja (poliflor).
– Não lavar em máquina de lavar louça;
– Não deixar de molho na água, ou flores em vasos por mais de 03 dias;
– Secar com um pano seco e macio;
– Não usar esponjas ou bombril;
– Não deixar sua peça molhada, gotas de água podem causar manchas.
Conservação
– Não levar sua peça ao forno ou fogo;
– Não guardar alimento ou bebida no estanho.

Estanho – Polimento
1º – As peças, polidas ou foscas, devem ser limpas com pano macio e álcool;
2º – Polir as peças brilhantes com polidor de latão, por exemplo, o produto Brasso.
Para peças foscas, usar também o polidor Brasso ou cera incolor líquida para clareá-las, caso tornarem-se muito escuras;
3º – Caso o produto Brasso não seja suficiente, utilizar pasta de polir nº 2, semelhante a usada para polir a pintura de carros.

O que é uma Peça de Estanho?

É um trabalho feito artesanalmente em uma liga de estanho (92 a 95%), antimônio (3,5 a 5%) e cobre (1,5 a 3%).
Por ser um material nobre e macio, o estanho é muito prático para moldageme uso, mas não pode ser moldado sozinho, sendo necessário o antimônio (para dar consistência) e o cobre (para definições estéticas).

Cuidados com as Peças de Estanho.

Na parte escura (externa), usar somente cêra Poliflor incolor, ou similar, e flanela seca e limpa.
Na parte clara (interna, na maioria das vezes) usar pano ou esponja macia com álcool ou sabão líquido. Recomenda-se lavar as peças em água quente, e nunca lavá-las em máquinas de lavar louças. Se a parte externa for polida, você poderá limpar com uma cera especial para polir.
A resistência do estanho ao fogo é limitada a temperatura máxima de 232 º C, portanto as peças jamais deverão ser levadas ao fogo.
Nenhum material abrasivo deverá ser utilizado na sua limpeza.

Qualque dúvida em relação a restauração e conservação do seu estanho , pode entrar em contato direto com a fábrica pelo whatsapp (032) 98827-2135.

Acompanhe nosso instagram e veja as fotos de restaurações realizadas em nossa fábrica.

Marguel Estanhos, há 30 anos no mercado garantindo qualidade e preço justo.

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Nossa querida São João Del Rei

Assim é São João del-Rei. De umsimples arraial do século 18, o município evoluiu para um polo comercial relevante em Minas Gerais e, hoje, está focado no turismo. Uma das maiores atrações é o carnaval, quando os blocos caricatos desfilam pelas ruas, durante os quatro dias de festa, atraindo milhares de turistas foliões.

Já durante a Quaresma e a Semana Santa, a cidade se volta para os festejos religiosos. Os habitantes e turistas participam das procissões, que relembram as cenas da Paixão de Cristo. Nesse período, todas as igrejas históricas ficam abertas à visitação. O público é convidado a participar de diversas atividades, como a confecção dos tapetes de areia e flores que enfeitam as ruas da cidade. Para incrementar a comemoração, apresentações teatrais, de canto, de dança e musicais são realizadas no Largo São Francisco.

Na terra do Ex-Presidente Tancredo Neves, o turista também pode ter a sensação de voltar aos tempos do Brasil Colônia através do belo passeio de Maria Fumaça. A locomotiva, construída em 1881, liga as cidades de São João del-Rei e Tiradentes.

História

A história de São João del-Rei começou em 1704, quando o Brasil ainda era colônia de Portugal. Na época, o local recebeu o nome de Arraial Novo Rio das Mortes e seu solo foi intensamente explorado devido à grande quantidade de ouro encontrada. Em 1713, para presentear Dom João V, Rei de Portugal, o Arraial foi nomeado Vila de São João del-Rei.

Característica marcante da cidade, as igrejas começaram a ser construídas no estilo barroco mineiro, a partir do século 18. Algumas delas chamam a atenção pelos seus altares dourados, com detalhes da arquitetura da época e ornamentados com ouro. As mais importantes são: Catedral-Basílica do Pilar(1721), Rosário (1720), Carmo (1733), Mercês e Bonfim (1769), São Francisco de Assis (1774),Senhor dos Montes, Santo Antônio e Nossa Senhora da Piedade do Bom Despacho (antiga capela da Cadeia).

Quem passeia pelas ruas bucólicas de São João del-Rei pode respirar um pouco da cultura e história da cidade que foi berço de um dos episódios mais importantes do Brasil, a Inconfidência Mineira. O movimento teve início na região em 1789, quando moradores de São João del-Rei, Tiradentes e Vila Rica (atual Ouro Preto) uniram suas forças contra a Coroa Portuguesa. O objetivo era lutar a favor da liberdade e contra as altas taxas de impostos cobrados por Portugal. Para os Inconfidentes, a Vila de São João del-Rei seria escolhida como capital mineira ao final do movimento.

Além disso, o município participou de importantes decisões estaduais e nacionais, como a Revolta Militar de Ouro Preto, em 1833, a Revolução Liberal, em 1842, e as revoluções de 1930 e 1964.

Economia

Passada a fase revolucionária, o crescimento econômico de São João del-Rei se deu a partir do século 19, quando o comércio passou a ser a principal fonte de renda da cidade. Em 1838, a Vila foi transformada em cidade e possuía cerca de 1.600 casas, distribuídas por 24 ruas e dez praças. Foram construídos uma casa bancária, um hospital, uma biblioteca, um teatro, um cemitério público, e a cidade passou a contar com serviços dos Correios e iluminação pública a base de querosene – uma evolução para a época.

Dois acontecimentos reforçaram o crescimento da economia local: em 1881, a Estrada de Ferro Oeste de Minas foi construída, ligando municípios da região (Barroso, Tiradentes e Divinópolis) a outros importantes pontos da Estrada de Ferro Central do Brasil. E, em 1893, a Companhia Industrial São Joanense de Fiação e Tecelagem foi inaugurada. Esse desenvolvimento comercial fez com que a cidade de São João del-Rei fosse indicada novamente para sediar a capital de Minas Gerais.

Em junho de 1893, foi aprovado um projeto para a escolha da capital de Minas através do Congresso Mineiro Constituinte. As regiões até então cotadas eram: Várzea do Marçal, São João del-Rei, Barbacena e Belo Horizonte, conhecida na época como Curral del-Rei. Com a eleição desta última, a importância de São João del-Rei diminuiu consideravelmente.

Tentando se sobressair novamente, a cidade apostou na cultura e no turismo, divulgando as igrejas e os museus. Em 1943, o acervo arquitetônico e artístico, composto por importantes construções civis e religiosas, foi tombado pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), fato que valorizou ainda mais o circuito histórico da cidade.

Atualmente, o município vive do turismo e do comércio. São João del-Rei é passeio garantido para quem quer conhecer e reviver um pouco da história de Minas Gerais. Localizada a 200 quilômetros da capital mineira, a cidade guarda a magia dos tempos em que o Brasil lutava pela independência.

Texto: http://www.belohorizonte.mg.gov.br

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Apaixonado por decoração, engenheiro tem antiquário com peças de 1920

Foi garimpando aqui e ali, e depois de ver o depósito lotado com peças antigas dentro de casa, que o engenheiro Joilson Victório, de 61 anos, abriu as portas de um antiquário. A loja leva o nome do dono e fica na Rua Calarge, cheia de relíquias e peças que ganham status de sofisticação com o passar dos anos.

O local funciona desde 2005, com peças do ano de 1920 até meados de 1950, e valores que podem chegar a R$ 20 mil.

Com materiais em prata, mármore, bronze, cristal, madeira e estanho, tem estilo para todos os gostos. Tudo chama atenção pela conservação. Objetos que já sofreram desgaste, não perdem a beleza e originalidade, garante o proprietário.

“Em cômodas de madeira, por exemplo, faço a restauração para que a madeira ganhe o brilho novamente. Gavetas são higienizadas, para que outras pessoas possam usar. Mas nada é pintado ou recebe novas peças, o que temos aqui são peças antigas e não réplicas”, diz.

A maioria dos móveis e objetos é comprada em São Paulo e Rio de Janeiro. Joilson viaja duas vezes por ano para compor o estoque, a dificuldade é atender aos pedidos com peças semelhantes, já que os objetos antigos estão cada vez mais escassos. “Até em São Paulo já está difícil comprar, tenho ido muito ao Rio, que ainda tem muita coisa antiga”, revela.

A peça mais barata custa R$ 200,00 e é uma taça de cristal. Todo o mobiliário segue o estilo francês e inglês. “Alguns são ricos em detalhes e são móveis mais robustos,  já os ingleses, são mais discretos e sem muitos detalhes na peça”, lembra.

Uma mesa redonda, por exemplo, com pé único, custa em média R$ 6 mil, com quatro cadeiras.

Uma cômoda lavatório, que compõe jogo de quarto, da década de 1930, custa R$ 8 mil, feita com madeira e mármore. “Geralmente as pessoas colocavam um gomil, aquela jarra para se lavar. É uma peça antiga e sofisticada para a época”, diz.

Os destaques são para os lustres que estão por toda parte, são de vários tamanhos e custam a partir de R$ 1,8 mil cada.

Joilson não nega as dificuldades para vender, diante de uma arquitetura moderna cada vez mais comum, mas acredita que o clássico tem a vantagem de nunca estar fora de moda. “Quem gosta do clássico, sabe que ele é atemporal e toda peça clássica pode se encaixar em um decoração contemporânea. O que é bacana é que seja um lustre ou uma poltrona, a peça consegue dar um tom de sofisticação e ao mesmo tempo deixar o lugar menos impessoal”, comenta.

Apaixonado por objetos antigos, o engenheiro destaca a preocupação com o desaparecimento das peças. “Aos poucos, elas vão se perdendo, as vezes às pessoas tem algum móvel que está com a madeira ressecada ou um puxador estragado, e elas acabam pintando ou fazendo uma reforma que perde a originalidade da peça. Por isso, a dica é procurar em uma feirinha ou entrar em contato com um restaurador para que essas raridades não desapareçam”, sugere Joilson.

Fonte: Campo Grande News

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Com apoio da UFSJ, estanho são-joanense recebe Indicação de Procedência

Certificação tem valor internacional; produtores comemoramCertificação tem valor internacional; produtores comemoram
Num processo que levou quase cinco anos, os produtores ligados à Associação dos Artesãos de Peças em Estanho de São João del-Rei (AAPE) passam, agora, a contar com o selo de Indicação de Procedência da cidade em suas peças.
De acordo com o técnico-administrativo da UFSJ, Antonio Henrique Polastri Rodrigues, membro da Comissão de Propriedade Intelectual e responsável pelo projeto de extensão que resultou na aprovação do pedido junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), a Indicação é um passo muito importante para os produtores locais. “Esta é dada a uma determinada região ou município e reconhecida pelos consumidores pela qualidade de determinado produto regional. Funciona como proteção da origem do produto”, explica. Polastri acrescenta que a Indicação tem reconhecimento mundial. “ Depois de tal registro, as peças são-joanenses em estanho terão a mesma proteção jurídica que um vinho do Porto ou um champagne da França”, complementa.

Processo
Todo processo teve início em 2006, como resultado de um trabalho de pesquisadores ligados ao Laboratório de Pesquisa e Intervenção Psicossocial da UFSJ sobre a produção artesanal mineira, com enfoque na fabricação local em estanho. A partir dos resultados obtidos, foi sugerido pela Comissão de Propriedade Intelectual da UFSJ o desenvolvimento de um projeto de extensão, coordenado por Polastri, com objetivo de conseguir o reconhecimento da cidade como Indicação de Procedência. Em setembro de 2010, foi depositado o pedido de registro no INPI, o qual recebeu aprovação no último dia 16.
Os associados da AAPE criaram uma regulamentação onde estão elencadas todas as características que o processo de produção das peças deve ter para receber o selo de Indicação de Procedência “São João del-Rei”. O controle de qualidade será feito pelos associados e representantes de entidades são-joanenses que apoiam a produção artesanal na cidade.
A logomarca para identificação foi elaborada pelo técnico do Núcleo de Tecnologia de Informação da UFSJ, Márcio Lombardi, que se inspirou no sino, o símbolo tradicional de São João del-Rei, e na taça, peça significativa do artesanato em estanho.

“Uma benção”
São João del-Rei é o principal município produtor de peças artesanais em estanho no país. A produção começou nos anos 60, quando mudou-se para a cidade o antiquário inglês Jonh Sommers. Observando os altares das igrejas barrocas e a mão de obra local, Sommers percebeu que era possível se produzir estanho de qualidade, nos moldes do século dezoito, porém com a tecnologia moderna. O sucesso foi imediato e a idéia de Jonh Sommers encontrou seguidores na cidade. “Muitos dos ex-funcionários da empresa saíram de seus postos de trabalho e abriram suas próprias oficinas”, esclarece Antônio Henrique.
Um dos membros mais ativos da AAPE, Antônio Batista da Silva, trabalha com a fabricação de peças artesanais há mais de 20 anos. Segundo ele, a vinda de John Sommers para São João del-Rei foi “um marco, uma benção” e a obtenção da Indicação de Procedência mais ainda. “Agora, temos garantia total da qualidade da peça produzida”, anima-se.
O analista de produção Luiz Cláudio Gomes, que trabalha numa empresa são-joanense, calcula como média mensal entre todas as fábricas da cidade, a produção de 1200 peças. Entretanto, Luiz Cláudio explica que nem todas são comercializadas no mês de produção: “A venda das peças em estanho é muito sazonal: num mês vende-se muito, em outro, menos. Por isso, criamos o hábito de termos sempre uma margem de estoque”, conclui.

Fonte: São João Transparente

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Estanho de São João ganha selo de qualidade

As peças de estanho produzidas em São João del-Rei terão selo de legitimidade e qualidade atestado pelo Instituto Nacional Propriedade Industrial (INPI) a partir de 2012. A marca significa reconhecimento de tradição e importância produtiva por localidades, conferida a apenas outras 15 regionais no Brasil, incluindo três mineiras: Cerrado e Serra da Mantiqueira para café e Serro para Queijo Minas artesanal. Com isso, quem adquirir utensílios são-joanenses moldados em estanho levará para casa mais do que um item decorativo ou funcional. Como valor simbólico também estará latente uma atividade característica do século XVIII e retomada na cidade há 50 anos pelo inglês John Somers, transformando São João em referência no assunto e polo para consumidores do material.
A expectativa, segundo a Comissão de Propriedade Intelectual em São João del-Rei, é de crescimento econômico no setor através de influências nas áreas turística e comercial. Os resultados ainda não têm números previstos, mas os selos já foram confeccionados e serão aplicados após vistoria da produção estocada atualmente te trabalho de conscientização junto aos membros da Associação dos Artesãos de Peças em Estanho de São João del-Rei (AAPE). “Não se trata apenas de olocar um adesivo nos materiais em estanho. A partir de agora será preciso seguir um regulamento técnico específico, desenvolver punções para carimbar as peças e trabalhar em embalagens também”, lembrou o técnico administrativo da UFSJ e membro da Comissão de Propriedade Intelectual, Antônio Henrique Polastri Rodrigues. “Com tudo isso, comprar peças de estanho com selo de procedência são-joanense dará o reconhecimento que se tem, por exemplo, quando se compra champagne legítimo. A obra são-joanense ficará protegida”, comentou.
A logomarca de identificação dos produtos remete aos sinos tradicionais de São João del-Rei e, ao mesmo tempo, a uma taça, peça significativa do artesanato em estanho.
A ideia agora, segundo Rodrigues, é conferir um selo aos biscoitos produzidos em São Tiago. O pedido de reconhecimento pelo lNPI já foi enviado.

Processo
O selo do Instituto Nacional de Propriedade Industrial é resultado de processo iniciado
ainda em 2006 como projeto de extensão da Universidade Federal de São João del-Rei(UFSJ). Com bases na Comissão de Pro propriedade Intelectual firmada na instituição, a documentação solicitando a Indicação de Procedência teve resposta definitiva na quarta- feira, 16, mesma data em que os vinhos dos Vales da Uva Goethe (SC) também foram reconhecidos como futuros portadores do selo de reconhecimento. Segundo Rodrigues, o adesivo nas peças de estanho vão se converter em publicidade para o município, que passará a ser referência de produção para o público em geral. Ao mesmo tempo, o selo
promete valorizar o trabalho realizado por artesãos de qulidade.

Controle de qualidade
Além dos padrões listados na regulamentação da AAPE, a classificação dos produtos como recebedores dos selos dependerá de controle de qualidade feito por um conselho constituído por associados e representantes de entidades são-joanenses ainda a serem definidos.

Fonte: São João Transparente